Na pesquisa para este post [sim, tudo tem um embasamento altamente “wikipédico” neste blog!] achei algo interessante: não pude achar nada! A vida de Camões é uma incógnita. Não, nada dessa abordagem hollywoodiana de mistério, mas, não saberia dizer, apenas me causou estranhamento que séculos após sua morte, quando somos obrigados a conhecer Os Lusíadas para o vestibular e já anotamos “O amor é fogo que arde sem se ver…” na agendinha da oitava série até cansar, não saibamos nada sobre quem escreveu aquelas palavras das quais nos apropriamos, até por que né, as meninas da oitava amam demais…
Camões conciliou a tradição renascentista com alguns aspectos maneiristas. Noutras composições, se resguardou de elementos da tradição lírica nacional, numa linha que vinha já dos trovadores e da poesia palaciana. É no tom pessoal que conferiu às tendências de inspiração italiana e na renovação da lírica mais tradicional que reside parte do seu gênio.
Seu lado lírico era externado por meio de poemas que valorizavam a amorosidade, que era o que sentia, aliás, possuía uma amada chinesa chamada Dinamene, que cita em alguns poemas, assim como experiências no Oriente e os acontecimentos dos tempos de guerrilheiro, onde acabou perdendo um olho. =(
Me empolguei no Amor,peraí…
O tratamento dado à temática, adota o conceito do amor platônico e da anulação do desejo físico, já que a amada era tão idealizada e endeusada, que se este mesmo romance se tornasse real, seria bom, já que o poeta, antes de sê-lo,também era um homem, porém ao mesmo tempo toda a emoção que acometia os apaixonados perderia sua essência pura e legitimidade[fica a dica pros mocinhos deste século~ou não~]. O amor também era visto de maneira petrarquista[palavra esta que eu desconhecia], que para humanos, significa “fonte de contradições” provenientes deste sentimento.
Nota: Se isto o satisfaz em qualquer instância, meu caro Camões, não de maneira tão tão romântica, mas ainda sentimo-nos tão confusos quanto, cinco séculos depois. We know that feel,bro!
Teve sucesso como poeta durante a vida, diria que nada estratosférico, mas sim, era um homem conhecido, todavia morreu passando por dificuldades financeiras e doente. Obteve glória após sua morte com a obra Os Lúsíadas, poema épico seguidor dos modelos clássicos renascentistas que enaltecia sua pátria[a esta altura devo crer que saibam que ele era português, por favor , não me envergonhem] e fundia a mitologia grega com elementos cristãos e conta a história da viagem de exploração e descoberta de Vasco da Gama[a propósito seu cunhado-e vocês não sabiam disso!] para narrar Portugal e mostrar ao resto do mundo toda a sua grandiosidade.
Foi amplamente admirado e traduzido, pena que…só pôde gozar do reconhecimento maior no além túmulo, se é que isto é possível.
P.S.: Eu me chatearia com a sociedade no lugar dele. Só dizendo. #chatiado.
Wagner Moura canta Monte Castelo no Especial MTV Tributo à Legião Urbana[2012]. Música do álbum As Quatro Estações, 1989, que traz na letra, um soneto de Camões, sim, o do “fogo que arde sem se ver” e ainda, citações de versículos da bíblia, do livro de Corínthios.
Caso tenha alguma menina da oitava série me lendo agora…
petrarquista??? Não tem nada a ver com uma certa colega nossa tem? Só para não passar aqui e deixar em branco.
não, não!! achei sem querer, tive que ir ao dicionário online, imagine!